O curso Inseminação de Bovinos é um dos mais
procurados na Semana do Fazendeiro. Por isso, as 45 vagas oferecidas no último
ano foram ampliadas para 60 nesta edição do evento. As aulas foram divididas em
teóricas e práticas. No primeiro dia, todos os participantes tiveram contato
com a teoria. Na segunda etapa do curso, eles foram separados em três turmas
práticas.
A última turma participou
das atividades nesta quinta-feira (12). Durante a manhã, houve a montagem do
equipamento e a identificação do sistema reprodutivo das fêmeas. À tarde, os
alunos aprenderam sobre a higiene necessária ao procedimento para, finalmente,
simular a inseminação propriamente dita.
O produtor rural
Osmar José da Cunha já utiliza a técnica em seu rebanho, mas participou do curso
para que ele mesmo possa inseminar suas vacas sem precisar contratar profissionais.
De acordo com o produtor, o curso foi uma ótima oportunidade para ajudá-lo a dar
um passo à frente no rebanho, já que não é viável manter um touro de qualidade
para a reprodução bovina.
Assim como Osmar,
a produtora Celeste Almeida Soares também pretende levar o que aprendeu na
Semana do Fazendeiro para a propriedade que acabou de adquirir. Ela disse que o
curso superou as suas expectativas e que o principal objetivo de realizar a
inseminação é o melhoramento genético, para criar somente animais selecionados
e de qualidade.
Inseminação
A inseminação
artificial é uma prática que vem ganhando destaque no mundo, despertando o
interesse de pecuaristas e profissionais da área. Mesmo com 210 milhões de
cabeças de gado no Brasil, a técnica ainda é pouco utilizada. Apenas 9% do
rebanho, entre gado de corte e de leite, é inseminado.
A inseminação é a
alternativa mais barata e prática de gestação, já que manter um touro na
fazenda não é economicamente viável. Segundo o médico veterinário Marcos
Vinícius Alvin de Castro, a principal vantagem de realizar esse procedimento é
o melhoramento genético, já que, com a inseminação artificial, se pode
selecionar melhor os sêmens e os animais progenitores. Ele conta que o método
também tem suas limitações: “o profissional deve saber identificar o período
exato do cio do animal”.
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