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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Jovens de Viçosa e região participam da 5ª Semana da Juventude Rural

Cerca de 250 jovens de mais de 50 municípios compareceram ao Espaço Acadêmico-Cultural Fernando Sabino, nesta terça-feira (17), para a abertura oficial da 5ª edição da Semana da Juventude Rural, uma parceria da UFV com a Emater. A cerimônia aconteceu às 14h e contou com a participação da chefe da Divisão Psicossocial da UFV, a psicóloga Carmem Lúcia Gomide, que apresentou a palestra O uso de drogas numa perspectiva psicológica.

Durante a abertura, a reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares (foto) incentivou os jovens a buscar a educação como suporte para uma vida melhor. Ela comentou sobre aspectos da UFV, como o sistema de bolsas e o incentivo ao esporte e ao intercâmbio com universidades estrangeiras, lembrando que o ensino superior pode ser uma realidade para os jovens do meio rural.

A coordenadora da Semana da Juventude Rural, Margareth do Carmo Cruz Guimarães, também coordenadora regional de Bem-Estar Social da Emater, explicou que o evento é a consolidação do projeto Transformar. O objetivo dele é desenvolver processos educativos permanentes e continuados, visando à formação do jovem para estimular a sua permanência no campo, promover a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento de comunidades sustentáveis. E isso se faz pela promoção de ações que proporcionam oportunidades de aprimoramento profissional, produção, trabalho e renda. 

Na Semana da Juventude Rural, que acontece até dia 20, os participantes têm a oportunidade de debater temas como sexualidade e drogas e de frequentar oficinas que vão da agroindústria ao artesanato. Todas são oferecidas pelos departamentos da UFV. Este ano, eles também participarão de uma atividade de identificação dos espaços da propriedade onde vivem. Por meio de mapas, desenhados por eles mesmos, os jovens poderão pensar em melhorias para o local, não só no que diz respeito à estrutura, mas também à produtividade.
Mariana Ribeiro Vaneli, do município de Guidoval, participa pela primeira vez da Semana da Juventude Rural. Ela, que cursa o 2º ano do ensino médio, veio em busca de aprendizado sobre gado leiteiro, com o qual o pai trabalha em sua propriedade. Mariana optou por fazer os cursos de Bovinocultura e Agroindústria no Meio Rural, já pensando em futuramente estudar Zootecnia. 

Já Wellington Silva Santos, de Guarani, contou que a ideia de participar da 5ª Semana da Juventude Rural veio de um tio que considerou interessante o jovem adquirir mais conhecimento sobre o meio rural para futuramente ajudar o pai nos trabalhos. Wellignton cursa o 3º ano do ensino médio e irá fazer a prova do Enem para estudar Administração. Ele disse que o pai “não gosta de resolver assuntos na área urbana” e, neste sentido, poderia ajudá-lo com os conhecimentos adquiridos na universidade.

(Bárbara Albuquerque, bolsista)

Troca de Saberes encerra atividades e supera expectativas

Depois de três dias de discussões agroecológicas, apresentações artísticas, culturais e de expressão popular, dinâmicas e exposições chegou ao fim a quinta edição da Troca de Saberes. O evento teve início no dia 13 de setembro, com o objetivo de criar um momento de interação e compartilhamento de conhecimentos entre agricultores e universidade. Aproximadamente 200 pessoas da região Sudeste participaram da Troca, que, este ano, aconteceu em torno do tema Vida em abundância: agrobiodiversidade e educação do campo.

Sob uma grande tenda, localizada no gramado do antigo prédio da Química, as pessoas participaram de uma ampla programação, que incluiu oficinas e apresentações de corais, teatro e grupos culturais da região. Várias instalações artístico-pedagógicas utilizaram a metodologia do Círculo de Cultura, baseado nos referenciais do educador Paulo Freire. Também foram montadas ocas étnico-raciais, feitas de bambu, com técnicas empregadas pelos nômades da Mongólia e indígenas da América do Norte; tenda da saúde, com massagens e terapias; e Geodésica (que significa “na forma da Terra”), feita a partir de formas geométricas presentes na natureza. As primeiras ficarão no gramado até o fim de outubro. Serão oferecidas oficinas de montagem e desmontagem, para capacitar pessoas que poderão utilizá-las em outras ocasiões. A ideia é, futuramente, desenvolver um trabalho multidisciplinar, mostrando como matemática, história, biologia e outras disciplinas podem ser trabalhadas com essas estruturas de maneira prática e interativa.

Como sempre a Troca de Saberes também esteve atenta à sustentabilidade. Além das ocas, construções agroecológicas, um filtro biológico permitiu que a água utilizada durante o dia fosse reaproveitada na irrigação das plantas do local. Também foi construído um fogão de barro, utilizado durante o evento. Quem passava pela tenda podia ainda se deliciar com uma variedade de frutas, cujas cascas foram reutilizadas no minhocário.

Para o coordenador do evento, Willer Barbosa, a Troca de Saberes superou as expectativas. “Foi fenomenal. Este local foi o nosso campo, nosso canto de liberdade”. A reitora da UFV, Nilda de Fátima Ferreira Soares, citou o envolvimento da comunidade e enfatizou a importância de valorizar o conhecimento do homem do campo. “O saber que vem da vivência do dia a dia é um grande saber. A universidade tem a missão de passar sua tecnologia e seu conhecimento, mas também de reconhecer que nossos agricultores trazem com eles muitos saberes”.

Além de trabalhadores e trabalhadoras rurais, de representantes de ONGs, de movimentos sociais e de estudantes e professores da UFV e de escolas agrícolas, também participaram da Troca de Saberes representantes de universidades da região. Eles vieram conhecer a experiência, com o objetivo de levá-la a outras instituições de ensino. Segundo Willer, houve uma mudança no perfil do público em relação aos anos anteriores, notando um aumento significativo na presença de jovens, o que demanda uma reavaliação do modo como o evento é organizado. 

Para encerrar a programação, foi realizada a dinâmica “Café do Mundo”, em que os participantes puderam transitar entre vários grupos para pensar sobre o evento, seus anseios e desejos para as próximas edições. “As perguntas que procuramos responder foram: que sonhos temos para a Troca de Saberes? Daqui a cinco anos, como queremos nossa região?”, explicou o coordenador.

Também estiveram na Troca o deputado federal Padre João, membro do Conselho Parlamentar de Apoio à Agricultura Familiar, e Edmar Gadelha, subsecretário de Agricultura Familiar, da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.

(Erika Vieira, bolsista - Fotos: Daniel Sotto Maior)

Exposição de carros antigos atrai visitantes na Semana do Fazendeiro

Estreante na Semana do Fazendeiro, o Encontro Sobre Antigomobilismo de Viçosa (ESAV) expôs, entre os dias 14 e 17 de setembro, no gramado do antigo prédio da Química, cerca de cem veículos antigos, entre carros, motos e tratores. Atraindo um público diversificado – de crianças a idosos -, o Encontro trouxe ao campus veículos fabricados há, no mínimo, 30 anos em bom estado de conservação.

O coordenador do ESAV, professor Luciano Baião (Departamento de Engenharia Agrícola), contou que o desejo foi proporcionar aos visitantes um momento de recordação, aproveitando-se da ideia de que “carros são uma verdadeira paixão nacional”. Ele destacou a quantidade e a qualidade dos veículos expostos, trazidos por colecionadores de diversas cidades.

O evento agradou a jovens como o estudante Vinícius Teixeira, incentivado pela curiosidade e admiração por automóveis antigos. Segundo ele, o carro que mais o encantou foi o britânico Morris preto, de 1952.

Como incentivo aos colecionadores, o ESAV premiou os veículos que melhor se destacaram nas categorias: maior tempo de fabricação; mais original; mais distante de Viçosa e maior número de unidades expostas. Na categoria dos mais antigos, o prêmio foi para o caminhão Ford, fabricado em 1937, e o trator Farmall, de 1941, pertencente à UFV.



(Ana Cláudia Richardelli, bolsista)

Estandes institucionais fortalecem troca de conhecimentos

O intercâmbio de saberes e experiências, na 84ª Semana do Fazendeiro, também está acontecendo nos 21 estandes dedicados às exibições e apresentações de projetos institucionais. Dividindo espaço com a feira de artesanato, eles oferecem, entre outros, serviços, produtos e informações técnicas.

No estande da Editora UFV (EDT), por exemplo, há diversas publicações, muitas produzidas e organizadas por pesquisadores e professores da Universidade. Outras publicações estão sendo distribuídas nos estandes da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e da Sociedade de Investigações Florestais (SIF). Algumas empresas juniores também estão com estandes na Semana do Fazendeiro divulgando suas atividades e consultorias. 

No espaço dedicado à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) estão acontecendo demonstrações sobre como as famílias podem reutilizar garrafas PET na construção de uma horta doméstica e como ocupar espaços verticais para o cultivo de hortaliças e plantas medicinais. Vale lembrar que a Emater está ministrando 27 cursos na 84ª edição da Semana do Fazendeiro e coordenando, juntamente com a UFV, a 5ª Semana da Juventude Rural e da 1ª Semana da Mulher Rural.

Outros estandes estão sendo ocupados por projetos sociais, como o Semente – Serviço de Atendimento a Saúde Mental do Agros – Instituto UFV de Seguridade Social, e por associações, como a dos Produtores Rurais de Viçosa e Região (Assov) e a dos Artesãos de Ponte Nova e Microrregião, que estão expondo e vendendo seus produtos.

Os estandes institucionais podem ser visitados, a partir das 10h, até sexta-feira (20). 


(Izabel Morais)

Neguinho da Beija-Flor leva mais de cinco mil pessoas ao Multiuso

O cantor Neguinho da Beija-Flor foi a atração principal da noite desta terça-feira (17) na 84ª Semana do Fazendeiro. Ele cantou para mais de cinco mil pessoas, que lotaram o Espaço Multiuso da UFV. O grupo Tok de Cor e a banda Quintal do Samba e convidados abriram o show e prepararam o público, diversificado, com muito pagode e samba no pé.

O estudante de Educação Física da UFV Thiago Nazar foi um dos que prestigiaram o show, ao lado de amigos. Para ele, além de uma oportunidade de aprendizado para os produtores da região, a Semana do Fazendeiro, com suas atrações culturais, possibilita também a interação da universidade com Viçosa e região.

O professor aposentado da UFV Antônio Bartolomeu do Vale também estava na plateia e disse gostar bastante do samba brasileiro. Durante os 30 anos de trabalho, ele ministrou diversos cursos na área de Manejo Florestal em outras edições da Semana do Fazendeiro.



(Bárbara Albuquerque, bolsista)