Terminou na manhã dessa quarta-feira o curso “Alfabetização de Adultos: o método Paulo Freire”, coordenado pela técnica de nível superior da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC) da UFV, Maria do Carmo Fontes. Com carga horária de 12 horas, o curso contou com a participação de 20 pessoas, além de monitoras dos cursos de pedagogia e psicologia da Universidade Federal de Viçosa.
De acordo com a coordenadora, todas os participantes do curso buscam aprender o método de ensino utilizado por Paulo Freire para aplicar em diferentes comunidades. Esse método não visa apenas ensinar a ler e a escrever, mas busca despertar as pessoas para a conscientização do mundo, como questões políticas e ambientais, por exemplo.
O curso buscou mostrar principalmente a importância do trabalho de alfabetização de adultos, que foram excluídos da escola e sentem-se à margem da sociedade. O trabalho de Paulo Freire leva em consideração a realidade de cada comunidade onde estão inseridos os não-alfabetizados, seja em favelas, na zona rural, entre outros, e sua alfabetização dentro de um processo dialógico, onde há interação de professores e alunos.
A metodologia do curso, conforme explicou Maria do Carmo Fontes, se baseou, em um primeiro momento, no conhecimento de todo o trabalho de Paulo Freire no Brasil e no mundo. Em seguida, trabalhou-se a diversidade de características do aluno adulto, o que determina uma linguagem diferenciada. Logo depois, foi apresentada uma variedade de temas de interesse para esses alunos, evidenciando o principal interesse da maioria, que é aprender a escrever o nome das coisas e pessoas.
Na manhã de hoje os trabalhos concentraram-se na própria metodologia de Paulo Freire. Nessa etapa, todos os participantes do curso apresentaram uma aula simulada, cada um tendo em vista uma comunidade diferente.
Marisa Gomes de Queiroz foi uma das participantes que apresentou uma oficina de acordo com os métodos de aprendizado de Paulo Freire. Moradora de São José do Triunfo, ela conta que sua comunidade pretende montar duas turmas para alfabetização de adultos, por isso o interesse e o convite da própria coordenadora para participar do curso.
Por Samantha Dias
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