O consumo de flores existe desde a época dos
romanos e persas. Contudo, no Brasil, ele começou há 20 anos. A coordenadora do
curso e professora do Departamento de Fitotecnia, Ângela Stringheta, explica
que, para quebrar a resistência ao paladar das flores, devem ser realizadas
campanhas de apresentação das qualidades da planta, reconhecendo seu alto valor
nutricional.
Segundo Ângela, o curso também atentou para o fato
de que nem todas as flores podem ser consumidas. As espécies mais utilizadas
para este fim são: rosas, tulipas, violetas, calêndulas e margaridas. As flores
próprias para o consumo devem apresentar características genéticas e
fisiológicas específicas, não possuir princípios tóxicos e apresentar boa
palatabilidade. Ela também explicou o processo produtivo das flores comestíveis
que devem ser cultivadas em hortas, com “uma produção limpa, livre de
fertilizantes químicos e defensivos”.
No curso, os participantes experimentaram receitas
de pratos com flores comestíveis. O cenário da sala de aula mais parecia uma
bela ornamentação. Pela quarta vez na Semana do Fazendeiro, Eliane Rodrigues
Almeida veio de Itaboraí (RJ). Ela resolveu se inscrever no curso de Flores
Comestíveis por curiosidade e agora tem planos de iniciar uma pequena produção
nesse nicho de mercado. A produtora rural de Petrópolis (RJ) Maria Helena Lima
Anselmo, que já trabalha com produtos orgânicos e tem uma pequena produção de
flores comestíveis em sua propriedade, se interessou pelo assunto e decidiu se
inscrever para adquirir mais conhecimentos e ampliar sua produção na área.
Ao final do curso, os participantes conheceram
algumas receitas de pratos produzidas com flores comestíveis, como gelatina de
rosas, salada de pétalas de rosas com calêndula e hambúrguer de soja com
pétalas de hemerocales.
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