O curso, oferecido pelo Museu de Zoologia João Moojen, foi
dividido em aulas teóricas e práticas A teórica abordou a biologia do animal,
reprodução, modos alimentares, principais características e tipos de serpentes
e acidentes ofídicos. O momento mais esperado, contudo, foi a aula prática.
Nela, os participantes fizeram um estudo dos animais conservados em álcool 70.
Em seguida, conheceram cobras vivas e aprenderam sobre o manuseio com gancho,
extração de veneno e a diferença entre os animais peçonhentos e não
peçonhentos.
Para o curador do Museu, Renato Neves Feio, a intenção é
passar para os produtores que nem todas as serpentes são perigosas,
desmistificando, assim, a ideia de que elas são somente animais “repugnantes,
venenosos e perigosos”.
Pelo segundo ano consecutivo, a estudante do curso de
Ciências Biológicas Carla da Silva Guimarães, estagiária do Museu de Zoologia,
ministra o curso. Para ela, é interessante ver o primeiro contato das pessoas
com as serpentes. “Tem alguns participantes que chegam com medo e querem ficar
mais afastados. Outros, mais curiosos, querem pegar no bicho, sentir o peso e a
textura da pele”.
O produtor rural Wanderlei Martiniano frequenta há 29 anos
a Semana de Fazendeiro e há 16 faz o curso de identificação de serpentes. Por
essa razão, já é considerado pelos ministrantes como um “monitor”. Wanderlei
afirma que este é um local onde ensina e aprende. “Este ano, aprendi mais sobre
hábitos e a alimentação das cobras. E ano que vem estarei aqui novamente”.
Para finalizar as atividades do curso, um dos ministrantes
alimentou uma cobra do serpentário. Um rato de laboratório foi introduzido na
caixa de vidro de uma suaçuboia (um tipo de jiboia). A princípio, a cobra não
se moveu. Depois de um tempo, a serpente reagiu e, após seis botes, atacou o
rato, encantando os participantes.
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