Um fato inédito na 83ª Semana do Fazendeiro
foi a realização de grandes debates sobre questões importantes para o
desenvolvimento social e tecnológico do campo. Depois da Mulher Rural e do Programa de
Financiamento da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, nesta
quarta-feira (12) foi a vez de se discutir o Código Florestal. O ex-relator do
novo Código, o deputado federal Paulo Piau (PMDB-MG), esteve no Espaço
Acadêmico-Cultural Fernando Sabino para abordar a Proposta da legislação florestal e seus impactos sobre a agricultura de
montanha.
Para debater com o deputado foram
convidados o assessor especial de Florestas da Secretaria
de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas
Gerais (Seapa),
Henrique Augusto Reis; o assessor de Meio Ambiente da Federação de Agricultura
de Minas Gerais (Faemg), Guilherme Silva Oliveira, e o professor do
Departamento de Engenharia Florestal da UFV Sebastião Renato Valverde. Coordenando
o debate, estava o superintendente do Centro de Excelência do Café, José Luiz dos Santos Rufino.
Antes do debate, porém, o deputado fez uma
apresentação na qual mostrou um histórico das principais leis ambientais e
alguns dados sobre o Brasil, como a posição de segundo colocado no mundo em
cobertura vegetal, perdendo apenas para a Rússia, e de campeão em áreas
protegidas – cerca de 30% do território.
O deputado destacou que o novo Código
Florestal é “bom para agricultura, para o meio ambiente e para o Brasil” e
registrou a necessidade de se aplaudir a presidenta Dilma Rousseff por tê-lo
sancionado. Paulo Piau, que é engenheiro agrônomo formado pela UFV, trouxe um
resumo do relatório no que diz respeito aos avanços relacionados ao meio
ambiente e à produção. Dentre os aspectos destacados mostrou que o novo Código
coíbe novos desmatamentos, valoriza a floresta em pé e reforça o papel do
produtor rural, que continua sendo provedor e guardião do meio ambiente. E,
segundo ele, ao contrário do que pregam os ambientalistas, o Código não
promoveu a anistia aos desmatadores.
Para o pró-reitor de Extensão e Cultura, Gumercindo
Souza Lima, que participou da abertura do workshop, as conferências promovidas
durante a Semana do Fazendeiro representaram uma chance de se discutir temas
relevantes, mas pouco debatidos.
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