Páginas

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Curso ensina a fabricar álcool nas propriedades rurais


Um dos cursos oferecidos durante a 83ª Semana do Fazendeiro ensinou ao produtor rural a fabricar, em sua propriedade, álcool combustível. Com o curso, os agricultores ficaram sabendo como reaproveitar os chamados alcoóis de cabeça e da cauda que, por não serem ideais para produzir uma boa cachaça, normalmente são descartados. Só que, com um equipamento desenvolvido pela equipe coordenada pelo professor do Departamento de Engenharia Agrícola Juarez de Souza e Silva, o que antes era jogado fora pode ser colocado em uma pequena unidade de produção de álcool e destilado novamente.

Um dos agricultores que aprendeu essa tecnologia na Semana do Fazendeiro é João Camposo. Há oito anos ele frequenta o evento e há sete mantém uma dessas pequenas unidades em sua propriedade, em Itaperuna (RJ). Além de produzir cachaça, ele também fabrica o combustível que utiliza para abastecer seus veículos. Na sua região, é o único produtor a fazer esse tipo de reutilização. Tal caminho também deverá ser trilhado pelo agricultor Rogério Novaes, de Juiz de Fora (MG), que participa pela primeira vez da Semana do Fazendeiro. Ele acabou de comprar uma propriedade e pretende aplicar o que aprendeu: vai montar um alambique, produzir cachaça para o comércio e fabricar o álcool combustível para consumo próprio.

O reaproveitamento dos alcoóis de cabeça e de cauda, contudo, não tem somente essa finalidade. Segundo o professor Roberto Precci Lopes, que integra a equipe coordenada pelo professor Juarez, está sendo desenvolvido um protótipo de fogão abastecido por esses alcoóis. Ele tem a mesma funcionalidade do fogão tradicional com a vantagem de ser mais econômico, além de ser uma opção para quem mora na área rural e depende exclusivamente da lenha.

O estudo não para por ai. Recentemente, uma montadora cedeu à equipe, um motor 1.0 que passará por um período de testes, que será adaptado para geração de energia elétrica. Trata-se de um equipamento moderno e pequeno, mas com força razoável para tocar um gerador com 30 ou 40 cavalos de potência. Passando por essa fase, o aparelho poderá se tornar uma alternativa para a produção de energia elétrica nas propriedades rurais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário