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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Dia de Campo ensina produtor a baratear custos e diversificar renda nas propriedades


Agregar valor à pequena ou média propriedade rural e obter renda com a venda de grão, carne, leite e madeira. Esses foram os conhecimentos transmitidos para cerca de 150 participantes do Dia de Campo Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. A atividade, que integra a 85ª Semana do Fazendeiro, aconteceu na tarde desta terça-feira (29).

O sistema lavoura-pecuária-floresta une cultura de grão, pastagem e floresta em uma mesma área. É uma maneira de baratear os custos e diversificar a renda em pequenas e médias propriedades rurais, como explicou o coordenador do Dia de Campo, o professor do Departamento de Fitotecnia Lino Roberto Ferreira (à esq. nas fotografias abaixo): “você consegue colher o milho, a soja ou o feijão, e formar o pasto. A partir do segundo ano, começa a ter renda com a carne ou com o leite. O eucalipto, por exemplo, se transforma em uma poupança verde. Depois de 12 anos, você pode cortar e ter um dinheiro a mais”. De acordo com ele, o produtor não precisa deixar de ser agricultor ou pecuarista, mas pode se tornar também um produtor de madeira. “Daqui a alguns anos, não teremos mais madeiras nativas para serrar, apenas madeiras plantadas”, disse.

O sistema também responde ao chamado da agricultura de baixa emissão de carbono. “Fizemos um estudo com 80 plantas de eucalipto e conseguimos neutralizar toda a emissão de CO2. Na Semana do Fazendeiro, temos o Programa Carbono Zero. O sistema é uma réplica dele”, afirmou o professor Lino.

O produtor rural Tarcis da Silva (à dir. nas fotografia acima), de São Paulo (SP), está visitando o evento pela primeira vez e participou do Dia de Campo com a finalidade de aprender e realizar uma atividade diferenciada. Ele também presta assessoria na área agrária para uma fazenda e, apesar de já conhecer o sistema anteriormente, revelou que precisava se aperfeiçoar. Nesta terça-feira (29), ele e os outros participantes do Dia de Campo visitaram uma propriedade onde o sistema foi implantado há sete anos, e afirmou: "é exatamente o que eu estava procurando”.

Para transmitir essas informações, a Universidade trabalha em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater). Juntas, elas promovem um circuito anual pela Zona da Mata de Minas Gerais, mostrando os resultados reais do sistema. Este Dia de Campo marcou o encerramento de um deles e o professor Lino garantiu que a aceitabilidade entre os produtores tem crescido cada vez mais.

Projeto Carbono Zero
Há quatro anos, a UFV implantou medidas de neutralização das emissões de carbono geradas na Semana do Fazendeiro. Por meio do projeto Carbono Zero, coordenado pelo Departamento de Engenharia Florestal, a instituição quantifica as emissões do gás no evento, as neutraliza por meio do plantio de árvores de espécies nativas em áreas em recuperação ambiental. Além disso, sensibiliza produtores rurais sobre a questão.

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas na reportagem da Rádio Universitaria FM 100,7 disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=C2T39j4LlTI&feature=youtu.be.


(Izabel Morais – Fotos: Daniel Sotto Maior)

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